quarta-feira, 27 de julho de 2011

RESPOSTA DE EVALDO VIANA A JORNALISTA FRANSSINETE FLOREZANO


"Pois então, doutora franssinete, estamos com um problema dos mais sérios e insolúveis. Como posso debater e discutir uma idéia sua se você não nos apresenta nenhuma? Se vossa mercê ainda não se perdeu nos desvãos dos seus apupos, xingamentos. ofensas e aleivosias, deve muito bem recordar que o que está em questão aqui é a criação do Estado do tapajós.

Para não alimentarmos malcriações de parte a parte, proponho-lhe, na qualidade de defensor do SIM pelo Tapajós, que você nos responda, de forma mais objetiva que sua qualificada pena for capaz, à seguinte pergunta:

Sra. Franssinete, a senhora é a favor ou contra a criação do Estado do Tapajós? justifique-se.

Como é quase certo que se não fosse a sua empáfia a sra. doutora e jornalista também me daria honra de ser perguntado nos mesmos termos, tomo a liberdade de responder à hipotética pergunta que a douta advogada far-me-ia: e a minha resposta segue nos seguintes termos:

Sra. Franssinete, seria ofensivo a mais remota suposição de que há algum conhecimento, fato, realidade ou idéia que não seja do mais amplo e profundo domínio da sua inteligência, mas, mesmo correndo o risco de virar alvo de sua ira, quero lembrar-lhe que o Estado brasileiro é do tipo federado, ou seja, constituído por mais de três entes políticos, cada qual com suas responsabilidades dentro do que determina a repartição de competências definidas por nossa constituição.

Só pra lembrar: à União competem os assuntos de interesses nacionais, aos municípios, os locais; e aos estados o que não for da esfera de competência da união ou dos municípios.

Pois bem, entre as atribuições do Estado do Pará, representado pelo governo do Pará, estaria promover o bem comum à toda a população de forma isonômica, justa e igualitária, sem olvidar de que tem o dever de diminuir as desigualdade regionais, tratando de forma desigual os desiguais e investindo mais nas regiões  acentuadamente carentes (Região do Tapajós), mesmo à custa das regiões (RMB)longa e historicamente muito bem aquinhoadas pelas obras e serviços pagos com os tributos recolhidos de todos os paraenses.

Ocorre, eminente jornalista, que as coisas aqui por nossas bandas andam, há décadas, para não dizer há séculos, pra lá de feias.

E isso, nobre advogada, entre outras razões, porque o governo do Estado sistematicamente descumpre a Constituição federal e estadual, que manda dar atenção especial ás regiões menos desenvolvidas.

Mas não queremos privilégios nem tratamento diferenciado. Para nós bastaria (agora não basta mais) que o governo do Estado nos contemplasse, anualmente, com 15,67% dos recursos orçamentários do Estado e, no mesmo percentual, com os investimentos e obras estaduais.

E por que 15,67%? Justamente por que é esse percentual que os 27 municípios separatistas representam da população paraense,

O que significaria 15,67% de atenção do governo do estado?

Significaria, por exemplo, que a nossa região poderia contar com pelo menos 660 Km de rodovias estaduais pavimentadas. E só temos, excelsa advogada, 158 Km e a maior parte recentemente pavimentadas.

Talvez a sra.já tenha ouvido falar que existe um ramal que interliga Santarém a Altamira, conhecida como ramal dos madeireiros que poderia muito bem ser pavimentada com pouco menos de R$ 130,0 milhões e com isso aquecer o turismo entre os dois mais prósperos municípios da região. Por  que não o pavimentam doutora?

E tem também o ramal do Cuamba, que poderia interligar a calha Norte à Santarém, com apenas 90 Km. O governo do estado faz de conta que não o conhece e sequer fala em estadualizá-lo.

Também significaria termos em torno de 923 médicos, mas só temos, nos 27 municípios rebeldes 332.

E veja, doutora, que nos municípios Jacareacanga, Novo Progresso, Trairão, Curuá, Terra Santa, Brasil Novo, Porto de moz, Senador josé porfírio, Vitporia do Xingu, Aveiro e Belterra não há, e não faça essa cara de espanto, um mísero médico para atender ao sofrido e abandonado povo do Pará do tapajós.

Significaria termos pelo menos 56.000 alunos matriculados no ensino médio, mas a incúria e desídia do governo do estado (ao longo do tempo) não nos permite ter mais do que 29.630 alunos (2010).

Não permite, doutora, porque Jacareacanga, novo progresso, Placas, rurópolis, trairão, curuá,  óbidos, terra santa, brasil novo, medicilândia, porto de moz, senador josé porfírio, Uruará, Vitória do Xingu, Aveiro, Belterra e prainha têm um fato em comum. Sabe qual? Cada um desses municípios tem apenas uma única e solitária escola estadual. E não esqueça que o ensino médio é de responsabilidade do governo estadual.

E pretendo dizer com isso, sra advogada e jornalista? 

Quero dizer que para mudarmos essa realidade, para termos mais estradas estaduais pavimentadas, para termos médicos em número suficiente para tender ao nosso povo, para dobrarmos o número de alunos matriculados no ensino médio, para que cada município tenha 1 juiz/promotor/defensor público para cada grupo de 10 mil habitantes, para termos policiais em número adequado e necessa´rio ao policimanto ostensivo, para tudo isso e também para termos outros sagrados e inalienáveis direitos que garantam o míonimo existencial ao povo e que promovo o Estado de bem estar social, para isso nobre metropoltana, precisamos criar o estado do tapajós que, não tenha dúvida nascerá financeiramente independente e com reais condições de garantir e promover melhor qualidade de vida ao nosso povo, vítima secular da espoliação e usurpação promovida pela miopia e egoísmo dos que vêem apenas o seu próprio umbigo. 

EVALDO VIANA - SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL

4 comentários:

  1. Evaldo, eu sou de Belém e estou tentando expor minhas ideias, sempre sou incompreendido pelos meus conterrâneos, mas quando exponho logo me entendem e enxergam pelo outro lado.

    Quando falamos em "divisão" nós dá a ideia de guerras, perdas, fracassos, isso abala diversos profissionais, setores e gera uma inconsciente luta para o equilíbrio, mas se pensarmos bem não existe perda. É fato que, Belém também será beneficiado, o que não é uma perda, é um repasse de responsabilidades.

    Explico aos de Belém que ainda não pude falar pessoalmente: Nós do Pará não temos medo de "passar fome" quando ocorrer a divisão, ao contrário, seremos melhor assistido.

    Tudo o que é investido no hospital aqui acaba indo também para pessoas do interior, já que lá elas não possuem atendimento necessário, com menos atendimento e mais qualidade, já que, obviamente Tapajós e Carajás melhorariam nesse quesito.

    Na segurança: A cada concurso temos problemas em definir pessoas daqui já que no concurso não tem como escolher cidade, então tbm ganharíamos nisso, pessoas de cidades distantes vindo pra Belém e passando dificuldades, teríamos pessoas mais próximas e melhores por estarem perto da familia.

    Os laços entre as cidades do norte continuariam existindo, com a única diferença de ser estado diferente, mas tudo continuará no mesmo lugar. E ao invés de sermos "rivais" seríamos parceiros.

    Temos belezas, riquezas e gastronomia típicas marajoaras que serão só nossas, e cada novo estado terá o seu.

    Sempre existiu "socialmente" essa divisão entre nós e pessoas de Santarém, Itaituba, ..., acredito que pela distância e até pela visão antropológica de costumes e tradições.

    Então não será ruim para a gente a divisão, mas os conterrâneos insistem em falar Nao com medo de perder as riquezas do extrativismo. Digo: o que ganhamos com o extrativismo é pouco perto do que temos que dividir com o resto do estado, pouco fica aqui, então não haverá diferenças.

    Não existe razão para lutas, Tapajós ficará com belezas das praias, comemorará sua conquista e terá turismo, Carajás com extração de minérios, finalmente livre para agirem como querem e o Pará continuará com o Museu que é nosso orgulho, industrias, continuaremmos investindo e ganhando com pesquisas científicas e ecológicas, gastronomias, turismos... Cada qual terá sua fatia.

    Por quê tanto medo com essa divisão de responsabilidades???? Por quê tanta briga quando na verdade somos um povo tão bonito, alegre, que respeita nossas diferenças até mesmo aqui na capital?

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  2. Paulo Uchoa - morador de Belém28 de julho de 2011 às 13:01

    Sr Evaldo Viana, sei da sua fama ai em Santarém de se acha o cara ser o melhor, mais vc deveria ter uma pouco mais de respeito com as pessoas ainda mais com a Sra Franssinete, que é uma grande jornalista e semppre defendeu Santarém em seu blog. Por isso caro Evaldo sua opnião é respaitada por nós mais tambem respeite a dos outros.

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  3. E ISSO EVALDO EVALDO TENS MEU APOIO ESSA FRANSSINETE É PUXA SACO DO PT E DA ANA JULIA AGORA QUE VIM FALAR DO GOVERNO DO PSDB E AINDA É CONTRA A DIVISÃO DO PARÁ.

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  4. Só o jk para dar moral pra esse pilantra do Ivan Leão, caloteiro que roubou a cerpa quando trabalhava la. E evaldo para de criticar pessoas como a franssinete que sempre brigou por essa região. seu palhaço

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