Os deputados estaduais Alexandre Von (PSDB) e Nélio Aguiar (PTN) estiveram em audiência nesta terça-feira, 25, com o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), Luiz Fernandes, para cobrar a presença, urgente, em Santarém, no Oeste do Pará, do delegado Geral do Estado, Nilton Jorge Barreto Atayde. A presença do delegado se faz necessária para que ele possa acompanhar de perto todos os procedimentos necessários para a investigação do homicídio ocorrido na segunda-feira, 24, no qual o vigilante David Martins dos Santos, de 37 anos, que trabalhava como vigilante da praça do Mirante em Santarém, foi assassinado por um policial rodoviário federal. “Precisamos todo o empenho do Governo do Estado na apuração desse crime bárbaro que tirou a vida de um pai de família trabalhador e chocou toda a sociedade santarena”, detalhou Alexandre Von.
O parlamentar também defendeu que o delegado geral e comando geral da PM dê, o mais breve possível, uma satisfação à população santarena, que até o momento não entendeu porque o trabalhador foi assassinado no desempenho de suas funções. “É preciso que se esclareça de uma vez por toda porque o réu confesso de homicídio foi colocado em liberdade. Mesmo sabendo que o homicida é um servidor público federal, um policial, um réu primário, não dá pra aceitar que o sujeito mate pela manhã e no começo da tarde já esteja em liberdade, vá até o aeroporto usando uma farda da PM e saia de Santarém como se nada tivesse acontecido”, questiona Nélio Aguiar.
Os deputados manifestaram ao titular da Segup toda a indignação da sociedade santarena e solicitaram que todas as providências sejam tomadas pela Polícia Civil e pelo Poder Judiciário para que esse caso seja esclarecido e o culpado punido com o rigor da lei.
O caso: O vigilante David Martins foi atingido com duas balas quando trabalhava na segunda-feira, como vigilante na praça do Mirante no centro da cidade. O réu confesso é um policial rodoviário que estaria de férias na cidade. Segundo informações da Polícia, o vigilante estaria revistando um grupo de quatro homens, entre eles, dois menores, que estariam usando drogas no local. Armado, o vigilante pediu a identificação dos suspeitos. Enquanto esperava pelos documentos, guardou o revólver que portava. Neste momento, o policial federal, que percebeu a movimentação, interviu na ação. Ele se apresentou como policial federal e mandou que o vigilante levantasse os braços. Mas o vigilante tentou sacar novamente a arma e o policial fez dois disparos, matando o vigilante.
Kátia Aguiar, Assessora parlamentar
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