Além dele, mas cinco operários estão impedidos de sair do local. Situação ocorre por atraso no pagamento de funcionários indígenas
O engenheiro de Santarém Heriberto Rodrigues de Figueiredo, responsável pela obra de um posto de saúde na Aldeia Teles Pires, no município de Jacareacanga, divisa com o estado do Mato Grosso está há três dias sendo mantido refém por indígenas da etnia Munduruku. Além dele, mais cinco operários estão impedidos de saírem do local. A situação ocorre desde a manhã de segunda-feira (17) porque os indígenas, que trabalham na obra, alegam atraso no pagamento.
Conversamos com o engenheiro, e ele relatou que os indígenas estão reivindicando os direitos de maneira pacífica, sem violência. Segundo Figueiredo, os funcionários exigem a presença dos donos da empresa responsável pela obra no local. “Existe uma cláusula que diz que deve ser contratada mão de obra da comunidade. Recentemente, fiz o pagamento dos indígenas dos meses de julho e agosto, ou seja, esse pagamento já estava atrasado. É uma diária de 30 reais, o que dá 900 reais por mês, mas houve desconto dos domingos e também funcionários que não receberam pagamento, inclusive uma liderança”.
Como forma de chamar atenção da empresa que cuida da obra, no fim da tarde de terça-feira (18), os indígenas realizaram um ritual no qual amarraram os reféns e pintaram os rostos deles. O engenheiro ressaltou que nenhum dDia 27 deste mês está agendada uma reunião entre Fundação Nacional do Índio (Funai), Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) e a empresa. A preocupação do grupo é que o estoque de comida chegue ao fim e nenhum dono da empresa vá ao local, como exigem os indígenas. “Temos arroz, feijão, mas carne só temos para hoje”, contou o engenheiro.
Empresa
Por telefone a produção de jornalismo da TV Tapajós, o representante da empresa Artecon, Arthur Gonçalves confirmou a reunião para o dia 27 e informou que quem realiza a medição e pagamento é o Dsei. Segundo Gonçalves, desde o mês de julho o órgão não faz a medição e nem o repasse de verba para a empresa. O G1 tenta contato com o Dsei.
Nota de repúdio Crea
Por meio de nota, a inspetoria do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará, Crea em Santarém se solidarizou e apoiou o engenheiro civil Heriberto Rodrigues de Figueiredo e sua família. O Crea pede aos órgãos competentes que deem celeridade para libertá-lo junto aos cinco companheiros de trabalho daquela obra e repudia a atitude.eles sofreu agressão durante a manifestação.
JK com informações do G1
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