sexta-feira, 21 de outubro de 2016

ENGENHEIRO SANTARENO É MANTIDO REFÉM HÁ TRÊS DIAS EM ALDEIA INDÍGENA NO MUNICÍPIO DE JACAREACANGA

Além dele, mas cinco operários estão impedidos de sair do local. Situação ocorre por atraso no pagamento de funcionários indígenas

O engenheiro de Santarém Heriberto Rodrigues de Figueiredo, responsável pela obra de um posto de saúde na Aldeia Teles Pires, no município de Jacareacanga, divisa com o estado do Mato Grosso está há três dias sendo mantido refém por indígenas da etnia Munduruku. Além dele, mais cinco operários estão impedidos de saírem do local. A situação ocorre desde a manhã de segunda-feira (17) porque os indígenas, que trabalham na obra, alegam atraso no pagamento.

Conversamos com o engenheiro, e ele relatou que os indígenas estão reivindicando os direitos de maneira pacífica, sem violência. Segundo Figueiredo, os funcionários exigem a presença dos donos da empresa responsável pela obra no local. “Existe uma cláusula que diz que deve ser contratada mão de obra da comunidade. Recentemente, fiz o pagamento dos indígenas dos meses de julho e agosto, ou seja, esse pagamento já estava atrasado. É uma diária de 30 reais, o que dá 900 reais por mês, mas houve desconto dos domingos e também funcionários que não receberam pagamento, inclusive uma liderança”.

Como forma de chamar atenção da empresa que cuida da obra, no fim da tarde de terça-feira (18), os indígenas realizaram um ritual no qual amarraram os reféns e pintaram os rostos deles. O engenheiro ressaltou que nenhum dDia 27 deste mês está agendada uma reunião entre Fundação Nacional do Índio (Funai), Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) e a empresa. A preocupação do grupo é que o estoque de comida chegue ao fim e nenhum dono da empresa vá ao local, como exigem os indígenas. “Temos arroz, feijão, mas carne só temos para hoje”, contou o engenheiro.

Empresa

Por telefone a produção de jornalismo da TV Tapajós, o representante da empresa Artecon, Arthur Gonçalves confirmou a reunião para o dia 27 e informou que quem realiza a medição e pagamento é o Dsei. Segundo Gonçalves, desde o mês de julho o órgão não faz a medição e nem o repasse de verba para a empresa. O G1 tenta contato com o Dsei.

Nota de repúdio Crea

Por meio de nota, a inspetoria do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará, Crea em Santarém se solidarizou e apoiou o engenheiro civil Heriberto Rodrigues de Figueiredo e sua família. O Crea pede aos órgãos competentes que deem celeridade para libertá-lo junto aos cinco companheiros de trabalho daquela obra e repudia a atitude.eles sofreu agressão durante a manifestação. 

JK com informações do G1

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