terça-feira, 17 de janeiro de 2017

TRABALHADORES DA COLETA DE LIXO FAZER PROTESTO NA MANHÃ DE ONTEM EM SANTARÉM. EMPRESA DE LIXO TERRAPLENA PROIBIU ELES DE SEREM LEVADOS NA TRASEIRA DE CAMINHÕES MAS NÃO DERAM A ELES CONDIÇÕES DE TRANSPORTE. ELES ALEGAM QUE ESTÃO FAZENDO COLETA A PÉ POR CERCA DE 30 KM POR DIA

Eles alegam que estão tendo que fazer coleta a pé por cerca de 30 km ao dia. Empresa proibiu garis na traseira de caminhões em Santarém, diz Sindicato

Ao menos 24 trabalhadores que atuam em caminhões da coleta de lixo em Santarém, suspenderam as atividades nesta segunda-feira (16), em protesto contra as condições de trabalho. Eles alegam que estão tendo que fazer a coleta a pé por cerca 30 km por dia, desde que a empresa Terraplena proibiu que fossem transportados na traseira dos caminhões. Pelo menos 48 homens atuam no serviço no município.

A medida é resultado de uma operação de fiscalização realizada em todo país pelo Ministério do Trabalho em Emprego (MPE), onde foram constatadas que algumas empresas estavam atuando de forma precária. A fiscalização apontou risco grave na função, onde os trabalhadores se arriscam em ruas e avenidas movimentadas, o que tem provocado acidentes e batidas de outros veículos com a traseira dos caminhões.

A fiscalização apontou ainda que os trabalhadores estão expostos a perigos como desvios repentinos de trajetória, frenagem ou aceleração bruscas, buracos e lombadas. Depois dessa operação, as empresas tomaram algumas medidas, o que não agradou a classe trabalhadora. Alguns coletores relatam problemas de saúde após a proibição de andar nos estribos, como esgotamento físico, dores nas pernas e na coluna.

Para o Sindicato dos Trabalhadores de Empresas de Asseio, Conservação, Higiene Limpeza e Similares do Estado (Sinelpa), a maior preocupação é com a demanda exaustiva dos trabalhadores. “É um trabalho que a gente pode considerar análogo ao trabalho escravo. O Sinelpa já acionou o Ministério Público do Trabalho e solicitou uma audiência entre as partes envolvidas”, explica o advogado Nilson Almeida.

A gerência da empresa Terraplena preferiu não gravar entrevista, mas por telefone informou que desconhece os motivos do protesto e que não foi procurado pelos trabalhadores. A gerência disse ainda que para não afetar a coleta de lixo, houve a substituição dos trabalhadores que paralisaram as atividades nesta segunda-feira e a coleta deve continuar normalmente em Santarém.

A Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria de Infraestrutura (Seminfra), informou em nota que após saber da paralização de parte dos trabalhadores da coleta de lixo, acionou a empresa Terraplena, solicitando medidas emergenciais para que o serviço não fosse interrompido no município. Sobre as condições de trabalho dos servidores, a Seminfra disse que vai verificar a situação junto a empresa.

JK com informações do G1

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