Aécio e Temer, sócios do poder
Texto escrito pelo Deputado Airton Faleiro:
Não acredito que Temer se segure na presidência da República. Ele saindo (de uma forma ou de outra), teremos uma nova eleição para presidente do Brasil.
De forma resumida, só vejo dois cenários que se avizinham:
1- Uma PEC, estabelecendo eleições diretas, onde o povo escolhe o novo presidente;
2- Com a saída do Temer, Rodrigo Maia, presidente da câmara, assume a presidência da república e convoca eleição indiretas, em 30 dias;
Na minha opinião, tudo caminha para o segundo cenário, ou seja: eleições indiretas, sem o voto popular.
Ao analisarmos a conjuntura política, devemos deixar de lado o que desejamos e ver sem paixões o que é mais provável acontecer (isso não impede que lutemos pelo que acreditamos ser melhor para o país nos posicionando contra o que poderá vir acontecer).
Não vejo que o consórcio que orquestrou e executou o golpe, rompendo com a disputa democrática no Brasil, tirando o PT da presidência da república, esteja perdendo o controle da situação. O que está ocorrendo é que sobrou para eles tomarem o resto do veneno usado para matar seus adversário, já que esta prática era com entre os partidos.
Por mais que eles venham ter baixas políticas, tanto quanto ou até mais que o PT, vão se manter unidos na composição do governo liderado pelo novo presidente eleito indiretamente. Ou alguém acha que o O PT, PCdoB, REDE e PDT de Ciro Gomes, vão ser chamados para integrarem o novo governo?
A única chance desses partidos de esquerda assumirem o governo era se tivesse eleições diretas e eles fossem vencedores.
Podem cair Temer, Aécio e outros mais, que o consórcio do golpe permanece no poder. Junto com eles as reformas em curso e a crise política. Penso que, enquanto não tivermos eleições diretas, não teremos solução para as duas crises que estão destruindo nosso país, pois a crise financeira só será superada com a superação da crise política.
Airton Faleiro, Deputado Estadual
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