quarta-feira, 8 de novembro de 2017

GRUPO DE TRABALHO INTEGRADO PELA SEMAP IRÁ MONITORAR DESEMBARQUE PESQUEIRO EM SANTARÉM. O TRABALHO TEM COMO FOCO IDENTIFICAR AS POTENCIALIDADES E VULNERABILIDADES DO SETOR NA NA REGIÃO

O projeto do Simpesq é pioneiro na região e será realizado pela primeira vez em Santarém

O desenvolvimento da cadeia produtiva do pescado na região, vem sendo acompanhado de perto pela Prefeitura de Santarém, por meio Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca (Semap). Desde setembro a secretaria integra uma iniciativa formada por técnicos e pesquisadores da Universidade Federal do Oeste do Pará, Colônia de Pescadores Z-20 e a ONG Sapopema.

O Grupo de Trabalho e Monitoramento do Desembarque Pesqueiro do Baixo Amazonas, tem como foco identificar as potencialidades e vulnerabilidades do setor na região. Em Santarém, várias são as feiras e mercados onde é realizado o desembarque e a venda de pescado. O peixe vendido é oriundo do município, mas vem principalmente de outras cidades e estados.

A partir da consolidação do Sistema de Monitoramento do Desembarque Pesqueiro (Simpesq), será possível coletar dados sobre: quais as espécies mais comercializadas, o tipo de barco utilizado no transporte (se de pesca, passageiros, canoa ou bajara), forma em que o produto foi pescado (malhadeira, tarrafa, linha de mão, caniço ou anzol), além de informações como região de pesca, local e período.


O projeto do Simpesq é pioneiro na região e será realizado pela primeira vez em Santarém. Ao todo 50 coletores e facilitadores irão atuar nas ações de coleta de dados, sendo estes: membros da Z-20, proprietários de balsas pesqueiras, integrantes da Associação dos Vendedores do Mercadão 2000 e do Mercado Modelo, funcionários da Semap e voluntários e colaboradores do Laboratório de Geoinformação Aquática da Ufopa.

De acordo com o coordenador do Simpesq, Prof. Keid Nolan o aumento da produção de pescado desembarcado no município é evidente e vem acompanhando a evolução do mercado consumidor. Nesse sentido o monitoramento do setor é primordial para se definir estratégias para a cadeia pesqueira.

"Precisamos vislumbrar um futuro de 10-20 anos, com aumento na pressão sobre os estoques disponibilizados. O monitoramento da pesca precisa ser estruturado agora e feito de forma participativa. A partir da coleta de dados poderemos estabelecer a gestão racional dos recursos pesqueiros do Baixo Amazonas", explicou.

Em Santarém, o planejamento, coordenação e execução das ações relacionadas as atividades pesqueiras e aquícolas do município é feito pelo Núcleo de Produção Familiar (Nprof) da Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca (Semap). A partir dos dados obtidos por meio do Simpesq será possível saber a quantidade de pescado comercializado na cidade, além das espécies e período de maior demanda e a partir daí definir atividades que possam fomentar ainda mais o desenvolvimento da cadeia.

"A Semap através do Nprof apoia iniciativas que promovam a geração de renda, inclusão social e a segurança alimentar com sustentabilidade ambiental. O Simpesq é uma ferramenta muito importante para o município e nos permitirá visualizar ações futuras para o setor pesqueiro", explicou o secretário municipal de Agricultura e Pesca Bruno Costa.

PMS

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